Gratidão Na Estrada: A Beleza De Viver O Presente
O que tenho aprendido sobre gratidão enquanto viajo sozinho pela América do Sul?
Você já agradeceu por algo hoje?
Fui ver o pôr do sol nas dunas de Viña del Mar e, enquanto estava sentado, admirando mais uma vez aquela beleza da natureza, senti uma imensa gratidão por estar vivo e aproveitando aquele momento.
Meus olhos marejaram, mas, ao mesmo tempo, uma paz tomou conta de mim.
Comecei a refletir sobre como, na última semana, eu estava sendo bastante reclamão nos meus pensamentos e ingrato. Naquele momento, caí em mim e percebi o quanto eu estava errado.
Tenho 37 anos, estou com saúde, realizando o sonho de mochilar sozinho pela América do Sul. Tenho uma família que me apoia, que me envia mensagens de incentivo e carinho, e estou criando algo que ficará para sempre na minha memória: o Mochilogia.
Por que, então, tanta ingratidão?
Às vezes esquecemos o que realmente importa. O simples ato de abrir os olhos, levantar da cama e dar um passo em direção ao que desejamos já é motivo para agradecer. Pode parecer papo de coach, eu sei, mas quando só reclamamos — como eu estava fazendo — tudo perde o verdadeiro sentido. Não enxergamos a grandiosidade do que temos conquistado. Há tantas pessoas que adorariam estar no nosso lugar só por termos saúde transbordando.
Claro que é incrível agradecer por uma conquista grandiosa, por um sonho realizado ou por algo que compramos e desejávamos há tempos. Mas nos dias “comuns”, só de sentir o calor do sol, o vento no rosto, sair para caminhar, sentar numa praça, ler um livro ou fazer um exercício já é motivo para comemorar.
Nas minhas meditações diárias, tenho incluído a gratidão por tudo isso. E, à noite, quando estou deitado, agradeço pelo dia que tive.
Tenho passado por momentos que não gostaria de viver — lugares que não eram como imaginei, pessoas não tão agradáveis e dias de tédio. Mas percebi que não sou o centro do universo e que meus desejos não precisam sempre se concretizar. O que as pessoas pensam ou dizem sobre mim reflete a visão delas, não a minha. Eu não preciso agradar a todos, pois isso me faria perder a liberdade e me moldar pelos outros — e não por mim mesmo.
Na estrada ainda não consegui estabelecer uma rotina de exercícios, mas tenho caminhado bastante e tentado praticar calistenia sempre que possível. E isso me mostra que estou bem — pelo menos o suficiente para realizá-los.
Algo que tenho valorizado muito é tomar o café da manhã sem pressa. Curtir cada sabor, aroma e sensação. Pode parecer algo simples, mas na minha antiga vida eu apenas engolia o café e corria para pegar o ônibus rumo ao trabalho.
Só durante a viagem percebi como esse momento é especial pra mim. É quando reflito sobre meus objetivos, mentalizo o dia, agradeço, leio… e aí sim sigo para o voluntariado, gravações ou qualquer outra atividade.
Essa mudança de mentalidade tem me feito reclamar menos, perceber beleza em coisas simples e me sentir mais leve com o dia a dia.
Claro que é fácil agradecer quando algo grandioso acontece. Mas, se treinarmos o olhar para agradecer o que parece pequeno, quando vier algo grande, a gratidão será ainda mais intensa e transformadora.
E você? Tem praticado a gratidão? Pelo que tem se sentido grata(o) ultimamente?
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Muito obrigado pelo seu tempo.
Thiago, do Mochilogia 🎒📚🤓
Eu nos últimos meses tenho voltado agradecer mas, principalmente ao abrir os olhos,sair de casa pro serviço.
Isso tem sido constante na minha vida, agradecer é o mínimo que devemos fazer ao se deitar e levantar, temos um teto onde podemos chegar do dia cansativo as vezes estressado por algo que aconteceu e temos onde ficar.
Não sou de reclamar,mas não aceito muitas coisas que as vezes acontece ou algo que alguém fez pra mim ou até mesmo com alguém não próximo mas que vejo injustiça me deixa pra baixo e as vezes gostaria de tomar atitude,e que muitas vezes deixo pra lá pq nem sempre nossa ajuda é bem vista.
Aprendi muito nos últimos anos a ficar no meu canto as vezes até prefiro ficar sozinha, refletir e pensar.