Diário do Mochileiro - 150 dias de Mochilão Pela América do Sul
Salar de Uyuni, caos em La Paz e dúvidas: a jornada continua
150 dias de viagem: achei que seria mais fácil!
Quando iniciei essa jornada, vinha pensando nisso havia mais de dois anos. Sempre que assistia aos vídeos no YouTube, algo dentro de mim se movimentava, se empolgava — eu queria pular e entrar dentro da TV. Sentia como se fosse um chamado. Difícil explicar em palavras, mas era exatamente o que eu sentia.
Bem, em 2024, aconteceram tantas reviravoltas na minha vida que tomei coragem e vim. Quem tem acompanhado os textos sabe do que estou falando.
Pois bem, naquela época eu achava que ia ser tudo tão fácil, sabe? Que eu me sentiria bem todos os dias. Quase me esqueci de que a vida é vida em qualquer lugar: com seus altos e baixos, com desafios… e, claro, momentos incríveis quando aprendemos a apreciar o simples.
Tenho tentado fazer isso.
Nesses últimos 30 dias, passei mais de 20 em Arica, no Chile. Tirei esse tempo para relaxar de verdade, curti muito a praia, li bastante, repensei o significado da viagem e até se fazia sentido continuar.
Ultimamente, isso tem acontecido com frequência: muitos dias, a mesma voz que me incentivou a vir começa a me questionar se eu já não cumpri o propósito da viagem. Mas eu ainda não tenho essa resposta. E por isso, vou continuar.
Depois de Arica, fui para a Bolívia. Passei por La Paz — que, para mim, foi a cidade mais caótica de toda a viagem. É muito diferente de tudo o que vi até aqui. Nem estou entrando no mérito de ser bom ou ruim, estou dizendo que foi… diferente mesmo. Lá visitei o Museu da Coca, que recomendo muito para quem quiser entender mais sobre a história e a cultura que impera aqui no país.
De lá, parti para Uyuni.
Esse lugar me pegou demais! A cidade em si não tem muito o que fazer, mas o Salar de Uyuni entrou sem sombra de dúvidas para o Top 3 da minha viagem, junto com Ushuaia e Atacama.
Fiz muitas fotos cafonas — e recomendo que você também faça, quando for conhecer! Conheci uma moça de Hong Kong, simpática demais, e um homem da Coreia do Sul que simplesmente retirou o poncho que usava e fez questão de me vestir com ele para tirarmos fotos juntos, depois de eu elogiar a vestimenta.
A viagem tem dessas surpresas. Incríveis, por sinal. Provavelmente nunca mais vou esbarrar com eles por aí, mas a simpatia deles ficará na minha memória por muitos anos.
Como nem tudo são flores, ao sair de Uyuni, passei por um protesto nas rodovias que transformou um trajeto de apenas 4 horas em 12 horas de puro estresse. A população tem realizado protestos por toda a Bolívia contra o governo, fechando estradas e dificultando os deslocamentos.
Agora estou fazendo um voluntariado em Oruro, a cidade onde acontece um carnaval reconhecido pela UNESCO. Vim fora dessa época, então a cidade provavelmente está bem diferente. Tem um ar de interior do Brasil: nem todas as ruas são asfaltadas, há muito pó por todos os lados e poucas pessoas nas ruas. À noite, o frio chega a -5 °C nessa época do ano, e durante o dia, a máxima que peguei foi 15 °C — mas com um vento gelado cortando o rosto.
Vou permanecer aqui por uns 15 dias e, depois, analisar se as estradas continuam bloqueadas. Caso estejam livres, pretendo visitar outras cidades do país. Caso não, terei de seguir para outro país sem conhecer muito mais da Bolívia.
Mas o que eu queria ver era Uyuni — e já me impressionei demais.
E você? Tem vontade de conhecer a Bolívia? Já ouviu falar do Salar de Uyuni?
🗨️ Deixe sua opinião nos comentários e vamos bater um papo!
📬 Assine a minha newsletter para acompanhar os próximos passos.
📤 Compartilhe com alguém que precisa de uma faísca de inspiração.
Muito obrigado pelo seu tempo.
Thiago, do Mochilogia 🎒📚🤓