Diário do Mochileiro - 120 dias de Mochilão Pela América do Sul
Momentos intensos, emocionantes e muitos aprendizados.
Chegaram os primeiros 120 dias de viagem!
Quatro meses explorando a América do Sul, entre alegrias, tristezas, momentos inesquecíveis, aprendizados em um novo idioma e, principalmente, me redescobrindo.
Os últimos 30 dias foram intensos: passei por Mendoza, Salta e Humahuaca (na Argentina), depois retornei ao Chile, conhecendo San Pedro de Atacama, Iquique e agora estou em Arica, no extremo norte do país.
Como anda esse menino!
Mendoza foi uma surpresa. Não esperava muito, mas conhecer o Parque General San Martín foi enriquecedor — recomendo fortemente para quem passar por lá. Além disso, visitei vários museus e exposições gratuitas.
Uma das que mais me marcou foi a exposição Dies Irae, de Max Esteban, no Espaço Contemporâneo de Arte Eliana Molinelli. Duas obras me tocaram profundamente:
A primeira era uma peça que conversava com o espectador, dizendo que quanto mais tempo a observássemos, menor era a chance de ser esquecida em um porão.
A segunda — e mais genial — foi um pedido do autor para uma Inteligência Artificial tirar uma selfie de si mesma. Provavelmente, a primeira selfie da história de uma IA. A imagem mostrava as conexões neurais como se fossem conexões elétricas — uma experiência incrível!
Em Salta, fui especialmente para conhecer a exposição das crianças sacrificadas há mais de 500 anos, conservadas de forma impressionante. Um choque emocional e histórico que vale muito a visita.
Já em Humahuaca, conheci a montanha das 14 cores — e, mais uma vez, me emocionei a ponto de chorar. Foi um daqueles momentos que marcam a alma. Em breve, vai ter vídeo no canal, caso queira assistir
De lá, segui para San Pedro de Atacama, onde aluguei uma bicicleta e explorei o Vale da Lua. Que experiência! Exaustiva, sim — mas absolutamente recompensadora. A aventura mais desafiadora foi caminhar por mais de 7 horas na famosa Garganta do Diabo: subidas em dunas, mirantes, e até a igreja local. No dia seguinte, estava imprestável, mas com o coração cheio e a memória carregada de imagens que jamais esquecerei.
Ali, mais uma vez, vieram reflexões sobre minha vida, o motivo da viagem e, principalmente, o que sinto falta da minha antiga rotina — como a presença da minha família e pequenos detalhes que antes eu não valorizava.
Em Iquique, aproveitei a praia, matei a saudade de sentar na areia com um livro, ouvindo o som das ondas. Entrei pela primeira vez no Oceano Pacífico... e entendi por que quase ninguém entra na água no Chile: a temperatura congela até a alma!
Agora, em Arica, estou em um voluntariado. É um momento de criar vínculos, desacelerar e sentir uma certa "raiz", algo que às vezes faz falta nessa vida nômade de mochileiro.
Ainda não sei quais serão os próximos passos. Talvez siga para a Bolívia, talvez fique mais tempo por aqui. Será que Arica será o primeiro lugar onde passarei 30 dias seguidos nesta viagem?
Deixe um comentário com o que achou das experiências e o que acha que acontecerá nos próximos 30 dias!
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Muito obrigado pelo seu tempo.
Thiago, do Mochilogia 🎒📚🤓